VAZIA
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
A metáfora é o centro do trabalho fotográfico. Um lugar abandonado associado à pessoa só. Todos somos casas. Alguns sortudos são vivendas de luxo, outros apartamentos pequenos e solitários, outros estruturas sem teto. Mas a magia da casa abandonada é o noema da fotografia: “isto foi”. Aquela casa tem alguma história dentro das suas paredes, não foi abandonada de forma imediata, foi sendo desprezada ao longo do tempo por ação de algo ou de alguém. E mesmo maltratada, permaneceu ali, e, apesar de tudo, bonita. As paredes falavam e questionavam-se sobre o que ainda faziam ali, sobre qual era verdadeiramente o seu valor. Já não era o lar alegre que havia sido, era uma casa momentaneamente feliz, quando em dias de sol, a luz iluminava os vidros partidos. Nunca quis ser demolida e tornar-se num lindo parque. Ela queria ficar ali presa ao conforto daquilo que um dia a tornou a mais bela estrutura daquela rua.